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  Maria Rezende

os livros

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Edição da autora, 2003
​Editora IIbis Libris, 2012
Uma mulher é uma mulher ainda que

Palavras e formas não comportam o conteúdo
uma mulher pode ser um jeito
uma costela, um defeito

Uma mulher transborda pelos cantos
enche as medidas
contorna o desafino
toca punheta e toca sino

Uma mulher pode ser um grito
uma barriga
um precipício

Uma mulher pode um abismo ou um porto
e pode ser os dois
e é
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Editora 7Letras, 2008
Bendita é a palavra
que atravessa o meu deserto
e ultrapassa o meu silêncio

Bendita cada letra escrita
cada som soprado ou dito
– seja susurro, seja grito –

Bendito o fruto desse alfabeto
o eco novo que meus dedos trazem
espelho torto de me revelar

Eu velo é pela força dela
e são pra ela todas as minhas rezas
pro seu feitiço e pra sua ferida

Bendita também a palavra maldita
que bota fogo nesse apartamento
a portadora de toda a agonia

Toda palavra carrega um incêndio
cada palavra tem no fundo um mar
bendita é a palavra que se deixa respirar
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Edição da autora, 2015
Eclipses em Escorpião
mudança
revolução

Eu estou trocando de pele
e isso não é uma metáfora
Feito cobra nas vigas de outra casa
feito um feto quebrando cromossomos
Eu sou de outra galáxia
sou invenção de passarinhos
eu não existo exatamente
eu estou de onda com a sua cara

Eu sou exuberante
eu sou exagerada
sou a morena peituda
com que você sempre sonhou
Sou uma célula tronco
carne do umbigo
sou minha própria cura
drama discreto
lua em Leão

Eu não morro
eu vivo
eu sou a regeneração    
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Livro bilíngue português-espanhol em parceria com Amparo Sánchez
​Edição da autora, 2019
Somos porta de entrada e de saída
somos deusas e escravas há mil gerações

Dentes afiados no escuro de entre as pernas
veneno na ponta da cauda
bruxas putas loucas santas
​

Somos as que sangram sem ferida
donas do prazer donas da dor
as invisíveis as perigosas
​as pecadoras as predadoras


Insaciáveis e geradoras
os corpos secretas casas
somos seres de unhas e tetas
caminhando aos milhares as estradas

Somos a terra e a semente
carne de aluguel em alma de rainha

as submissas as bacantes
as que procriam e as que não

Somos as que evitam o desastre
as que inventam a vida
as que adiam o fim
mulher
multidão
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mariadapoesia.com.br
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